Várias entidades fizeram parte deste estudo socioambiental que revela o impacto que as zonas verdes podem ter na saúde mental e física dos cidadãos. Proximidade aos parques não é entrave.
O trabalho desenvolvido pelo Laboratório da Paisagem, Escola de Medicina da Universidade do Minho e pelo Instituto Superior de Saúde envolveu 501 moradores da envolvência de áreas verdes municipais e cruzou dados sobre proximidade, uso, perceção e impacto nos indicadores de saúde. Os inquiridos foram divididos entre quem vive a menos e a mais de 300 metros das zonas verdes.
Pedro Morgado, da Escola de Medicina da Universidade do Minho, considera que o estudo veio reforçar uma ideia-chave para a saúde mental urbana: “A natureza só tem efeito terapêutico quando se transforma em experiência vivida, regular e ativa”, salientando a ideia de que viver perto do parque pode não ser suficiente.
REFORÇO DE ÁREAS VERDES EM GUIMARÃES
Este estudo serviu também para deixar garantias que o edil municipal quer apostar em zonas verdes, facilitando o seu acesso à população. Uma das medidas em implementação é a construção de três cinturões verdes concêntricos: um primeiro na zona urbana e dois no exterior da cidade, com 20 e 42 quilómetros, respetivamente.
Refira-se que entre 2012 e 2023, Guimarães aumentou em 95 hectares a sua área verde, dispondo hoje de dois grandes parques urbanos com 30 e 39 hectares, localizados a leste e a oeste da cidade.
