A ligação de Guimarães à Alta Velocidade não está consensual para a autarquia vimaranense. Depois do estudo apresentado esta semana, Governo insiste no Porto, o que deixa Guimarães “mais distante” da cidade de Braga e do quadrilátero minhoto.
A ligação por ferrovia ligeira do quadrilátero não está fora dos planos do Plano Ferroviário Nacional. O primeiro documento, que ainda pode sofrer alterações depois desta consulta pública, destaca a ligação à rede de Alta Velocidade de dez cidades do continente. Guimarães faz parte dessas, mas com ligação à cidade invicta.
O namoro “ferroviário” entre Guimarães e Braga apenas será consumado depois das duas primeiras fases de implementação da nova rede ferroviária e vai depender da evolução de todo o sistema. O Plano Ferroviário traça mais ligações, e mais rápidas, entre Guimarães e Porto mas deixa de parte o regresso do Alfa Pendular à estação da cidade berço.
O sistema de mobilidade ligeira entre o Cávado e o Ave pode ser uma realidade, mas só depois da implementação da Alta Velocidade que não prevê novos trajetos no baixo Minho, ou seja, na área entre o Porto e Braga. Assim, a implementação deste sistema pode ligar Guimarães não só a Braga, como também a Fafe e Famalicão, numa primeira instância por via dedicada rodoviária e depois por ligação ferroviária.
Este primeiro documento foi apresentado esta quinta-feira, 17 de novembro, e é ainda um estudo preliminar de todo o plano ferroviário nacional, mas que irá servir de base para o futuro da mobilidade em Portugal que espera atingir 82% da população e tornar-se no transporte principal de 20% dos habitantes.
PCP FEZ O TESTE: É MAIS RÁPIDO CHEGAR A BRAGA POR BICICLETA QUE DE COMBOIO
Numa altura em que a questão da mobilidade no Minho atinge um debate mais aceso, na política fazem-se contas aos quilómetros e ao tempo gasto em transporte. O PCP de Braga e Guimarães juntaram-se para testar viagens de comboio e de bicicleta entre as duas maiores cidades do baixo Minho e os resultados foram interessantes.
De bicicleta o percurso pela N101 demorou 1:15 enquanto que o percurso ferroviário demorou uma hora a mais, mais de 2:15. O “teste” por linha férrea foi feito na partida de um serviço urbano com destino ao Porto, transbordo na cidade da Trofa, e chegada à Estação de Braga.
