Terminada mais uma edição do Guimarães noc noc, está na altura de arrumar todo o material e voltar à rotina do dia-a-dia. E, até para o ano.
O colectivo Ó da Casa acreditava que o festival não chegaria à sua 3ª edição. Mas já estamos na 6ª e a coisa parece não querer abrandar. Iniciado em 2011 e com apoio da Capital Europeia da Cultura, o Guimarães noc noc foi vivido com uma grande expectativa nos seus primeiros dois anos e dando cartas na programação cultural vimaranense nos anos seguintes.
Em Guimarães é o evento que abre mais portas, tanto de privados como de públicos, que fazem dos seus espaços verdadeiras galerias de arte. Também a rua se junta a esta celebração e decora-se com todo o tipo de ornamentos ao gosto do freguês. É também uma altura em que espaços devolutos se abrem e se auto-promovem. Exemplo é de algumas lojas do centro histórico que rapidamente passaram de pequenas lojas devolutas a bons negócios de comércio local.
Mas o mais importante do Guimarães noc noc é a arte e essa não fica esquecida. Nunca nenhum pintor conseguiu conquistar o seu espaço apenas expondo a sua obra no número 43, mas já consegue ter um pouco mais de visibilidade. Ou como o caso da Associação Astronauta que promoveu todo o espectáculo do Centro Cultural Vila Flor com acções de rua e uma sabotagem à sua própria sede.
Para não falar dos novos dos novos artistas, ou da própria arte exposta, como foi o caso de uma casa ter recebido uma obra apenas para maiores de 18 anos, ou de uma outra que apenas mostrou que era possível realizar os “Jogos Olímpicos das Chouriças”, ou até um Miguel Ângelo brincalhão. Coube tudo no Guimarães noc noc.