Uma peça perfeita até Cabul

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Sexta-feira e Sábado, 30 e 31 de Outubro, o coreografo Rui Horta estreia no Centro Cultural Vila Flor a sua mais recente criação “Cabul” com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Cabul, capital do Afeganistão. Capital de guerra e destruição, capital de isolamento e solidão e desespero. Esse sítio árido como um inferno na terra. A recriar um ambiente onde se respira angústia o público é colocado no centro, rodeado de paletes que desenham uma suposta claustrofobia. O actor, Pedro Gil, vai debitando o texto e espalhando a tensão, num espectáculo que demorou 20 anos a sair de uma (quase) perfeita memória de Rui Horta.

Memória essa que o criador se apropria de excertos de A Missão (de Heiner Müller e Morton Feldman), em particular do monólogo de Saportas (o homem no elevador) propondo uma nova escrita e um novo olhar dramatúrgico sobre o mesmo. Piano And String Quartet (1985) e For Samuel Beckett (1987) são as obras de Feldman interpretadas pela Orquestra Metropolitana de Lisboa (dirigida pelo maestro Pedro Amaral).

“Cabul” é o título da muito aguardada criação cénica e musical, daí Rui Horta permanecer depois do espectáculo do primeiro dia, para uma conversa informal com os presentes. A peça tem co-produção da Orquestra Metropolitana de Lisboa, do Centro Cultural Vila Flor e do São Luiz Teatro Municipal. Os bilhetes já se encontram à venda nas bilheteiras d’A Oficina e online.

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