Guimarães, uma cidade a parar aos poucos

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Públicos e privados vão anunciando nas redes sociais que vão fechar os seus estabelecimentos. Já poucos resistem ao estado de alerta na cidade berço.

Depois da Universidade, foram os complexos desportivos municipais a darem por suspensa a sua atividade. Logo a seguir, e após as restrições do Hospital público local, os museus locais, centros culturais e associações desportivas foram também eles anunciando os seus encerramentos e adiamentos de eventos.

Bares, cafés, restaurantes e discotecas viram-se obrigados também a decretar um encerramento temporário. Os que ainda resistem falam em medidas restritivas para conter a epidemia com supressão de lugares nos seus estabelecimentos, retirada das esplanadas, redução de horários ou abertura apenas para serviços de take-away.

Nas ruas circulam ainda alguns veículos, os transportes públicos regulares e alguns estafetas da Glovo ou Uber que, por estes dias, andam com poucas mãos a medir para o crescente número de pedidos de entregas domiciliárias.

Aos poucos a cidade de Guimarães vê diminuída a sua atividade comercial. Pequenas lojas ainda abrem as portas na esperança de chegada de clientes que ainda transitam as ruas, seja a pé ou de transporte privado. Mas ainda é nos mais idosos que se vê uma menor preocupação quanto ao vírus que afetou todo o mundo.

Nas ruas quase despidas de gente, numa visão otimista, veem-se os vimaranenses à janela, a falar com vizinhos, a culminarem as lides da casa, pois preparam-se as chegadas dos compassos pascais, que até mesmo esses já foram suspensos pelas principais entidades religiosas.

Agora que tudo está fechado, resistem apenas alguns restaurantes, lojas, o Guimarães Shopping com restrição de horários, Espaço Guimarães, Paço dos Duques, Castelo de Guimarães e pouco mais. A cidade que quer ser um exemplo a nível nacional está assim a mostrar uma força tímida perante um futuro obscuro onde apenas os mais fortes sobreviverão.

Portugal prepara-se para mais 25 dias (número ainda provisório) de quarentena e os responsáveis das entidades públicas e privadas, que ainda não têm bem noção do seu futuro, encolhem os ombros e dizem: “estamos todos no mesmo barco”.

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