Um São Valentim à vimaranense

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Aquela época está a chegar. As lojas enfeitam-se de balões em forma de corações de cores rosas, dos relógios e dos colares, das lingeries que só se usam uma vez. Mas em Guimarães não foi sempre assim.

O verdadeiro Dia dos Namorados à vimaranense não tem rosas nem os outros presentes físicos todos modernos. Segundo o Guimarães Top-Secret o vimaranense está acompanhado das antigas tradições das “passarinhas, sardões e Cantarinhas dos Namorados”. Mas comecemos pela Cantarinha.

“A tradição da Cantarinha dos Namorados, cuja produção remonta ao século XVI, é uma prenda oferecida pelos rapazes às raparigas no momento do noivado ou início do namoro com o objectivo de ser preenchida com peças de ouro até ao casamento”. Esta peça de olaria, muito popular noutros tempos em Guimarães, pode ser ainda adquirida nas lojas da Oficina, do Turismo ou das pequenas lojas de souvenir.

Quanto aos sardões e passarinhas, ainda não estamos no tempo deles. Segundo a tradição, as senhoras que vendem estas “guloseimas” aparecem em dois momentos de “festas populares” vimaranenses: as Festas de Santa Luzia e Nossa Senhora da Conceição (ambas em Dezembro) e depois da Páscoa. Contudo, estes doces tocam numa muito “sugestiva carga erótica, temperada de algum humor popular e malícia simbólica”, como é o caso das trocas entre os géneros pretendentes com a “passarinha e o sardão”.

Tudo isto e muito mais nos 53 segredos que se podem descobrir no livro Guimarães Top-Secret.

Fotografia: José Caldeira

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