A mesa sobrevalorizada de Guimarães

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Para quem não sabe, fica a saber: Guimarães é caro. O motivo, desconhece-se, mas é claro para muitos, clareado para outros e alheio aos demais.

Para que fique claro, eu, anónimo deste artigo, falarei por experiência própria, pois irei comparar um jantar à noite (dito normal) em várias cidades em torno de terras de El Rei Afonso Henriques.

Pois bem, comecemos por um lugar de aparcamento, chegando antes das 19h, paga-se no centro da cidade, por isso fazemos um desvio para deixar o automóvel fora das vistas da Vitrus como o Parque das Hortas, para lá da zona de Couros, Caldeiroa, fim da Avenida D. Afonso Henriques, etc. Descontamos, então, o arranjo de um lugar perto e mais uns km procurando o mesmo.

Ora, chegado ao centro histórico, conhecido por ser um local muito atractivo da vida nocturna, toma-se um café/fino/cerveja antes da hora do repasto. Normalmente todos já têm um local pré-definido, seja o El Rock, Coconuts, ou outro.

Mas chegamos à parte que interessa, os restaurantes. Ora, dificilmente se encontra um restaurante a menos de 10€. E o cerne da questão é mesmo este: os 10€. Fiz uma pesquisa e falei com anciãos/transeundos de três reinos independentes como a nossa Guimarães, o Porto e Braga.

Comecemos por Braga que nem tem muito que falar, pois toda a gente tem o conhecimento da cidade rival como sendo muito mais barata que o berço da nação; tanto na habitação como na oferta hoteleira que nos coloca na admissão de um “sim senhor, nisso Braga é melhor”.

Comparativamente ao Porto, a coisa não muda de figura. Pensava eu (e talvez todos os vimaranenses ou amantes da cidade) que a Invicta assumiria uma expressão mais “cara”. Não. No Porto consegue-se jantar por menos de 10€, aliás, as diárias apresentam-se até à hora de fecho em muitos locais da cidade. E dou exemplos de bons locais para dar a provar este trago amargo aos vimaranenses como “O Mirante”, “Restaurante Universal”, “Almada”, “O Marinheiro”, “Folias do Baco”, “Buffete El’Reys”, “Grelhador da Boavista”, “Restaurante Nuno Alvares”, entre alguns outros. Acho que não preciso de consultar mais colegas/amigos e um certo motor de busca para fazer um crer nas suas palavras; aliás, comprovo-o também por alguma experiência própria.

Agora, colocando o dedo na ferida, Guimarães não peca pela qualidade, mas sim pelo preço. Temos bons sítios como a sul: “Cantinho do Fadista”, subindo e chegados à conhecida “Cervejaria Martins”, passando pela “Churrasqueira Toural”, dar uma espreita no “Vira Bar”, subir ao “Vila Flor”, ou continuar para “Casa Rio”, “Etc”. Podemos também fazer uma volta intra-muralhas como a “Casa Amarela”, “Solar do Arco”, “Cervejaria Guimarães”, “Mumadona”, “Nora Zé da Curva”, “El Rei D. Afonso”, “Paraxut” ou a “Tasca Nicolino”.

Todos os anteriores não me posso queixar de nada, mas para jantar de amigos a menos de 10€, tento colocar fora de questão. Desculpem. Claro que podemos todos pegar no carro, sair do centro e ir ao “Retiro” ou até ao “Cancelas”, mas comparativamente às outras cidades aqui expostas, eu não precisei de veículo.

Mas claro que se arranja uns locais para o orçamento pretendido como o “Porta Larga” e os “Chineses” (ou os seus velhos vizinhos), mas pretendia mais oferta. Mas parece que tenho que me contentar com estes.

Adoro Guimarães, vejo e revejo-me aqui! Repito, é a minha cidade, mas é só para ricos.

PS: Se quiserem sugerir locais e contrariar a minha opinião, encontrem-se à vontade. Podem consultar o TripAdviser e comprovar!

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