Foi apresentado na passada terça-feira, pelas 15:00, no Laboratório da Paisagem, os resultados do cálculo da Pegada Ecológica e da Biocapacidade de Guimarães.
Os resultados apresentados são referentes ao ano de 2016 e surge no âmbito do projecto “Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses”, resultado de uma parceria estratégica entre a ZERO – Associação Sistema Terrestre Saudável, a Global Footprint Network e a Universidade de Aveiro. São seis os municípios portugueses que integram este projecto pioneiro: Guimarães, Almada, Bragança, Castelo Branco, Lagoa e Vila Nova de Gaia.
PEGADA ECOLÓGICA E BIODIVERSIDADE DE GUIMARÃES
A Pegada Ecológica do concelho de Guimarães apresenta valores de 3,66 hectares globais, enquanto a nível de biocapacidade os valores apresentados são de 0,19 hectares globais por cidadão. Analisando os dados, se toda a população do planeta tivesse o mesmo nível de consumo dos habitantes de Guimarães, seriam necessários 2,2 planetas para responder às necessidades actuais dos cidadãos vimaranenses.
Comparativamente à média nacional, a pegada ecológica de Portugal é de 3,94 gha, 7% acima da média vimaranense, e uma biocapacidade de 1,28 gha. Relativamente à pegada ecológica dos restantes municípios, o concelho de Guimarães apresenta o 2º indicador mais positivo, sendo vencido apenas por Lagoa, com uma pegada ecológica de 3,25 gha. Gaia apresenta valores de 3,92 gha, Bragança 4,01 gha e Almada 4,08 gha. Castelo Branco apresenta publicamente os valores durante o dia de hoje, 30 de Outubro.
GUIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em análise, Sara Moreno Pires, da Universidade de Aveiro, refere a importância da aposta na biocapacidade, apostando na gestão sustentável, no uso eficiente dos recursos naturais e na redução do desperdício de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento. Em suma, uma aposta no Objectivo 12 da Agenda 2030 do Guia de Desenvolvimento Sustentável.
No encerramento do evento, o presidente do Município de Guimarães, Domingos Bragança, reforçou a importância da aposta nas boas práticas de compras públicas sustentáveis e em infraestruturas eficientes. Reforçou a educação ambiental e a construção de uma consciência ecológica, não só nas escolas mas também na comunidade.
Fotografia: Markus Spiske