Estão lançados os dados para uma discussão aberta para o futuro da mobilidade na cidade, mais concretamente em quatro artérias do miolo urbano. A primeira sessão pública aconteceu no passado dia 11 de novembro com muitas participações.
A par das conhecidas ideias de intervencionar a Rua Sto. António e a parte superior da Alameda S. Dâmaso e Largo do Toural, o Município de Guimarães apresentou também um novo pré-projeto para a Avenida D. João IV, cuja ideia é estreitar e elevar as vias de circulação automóvel ao nível dos passeios, criar regulamentação de “zona 30”, colocar uma ciclovia do lado do Centro Comercial Vila, implementar mobiliário urbano e zonas verdes e criar bolsas de estacionamento rápido para cargas e descargas.
Ainda sem maquetes do que poderá ser o futuro desta artéria de entrada na cidade, porque a ideia passa por absorver as vozes dos cidadãos para os projetos finais, o Município de Guimarães apresentou também linhas orientadoras da primeira área pedonal do centro histórico, entre o início da Alameda S. Dâmaso e a Rua Sto. António.
Nesta área envolvente da zona intramuros, o intuito é o mesmo: elevar a “estrada” ao nível dos passeios, colocar mobiliário urbano e proporcionar ao cidadão uma experiência dinâmica e comercial, sem “carros por perto”. O edil manifestou ainda o interesse em criar uma cobertura ao longo da Rua Sto. António, “proporcionando mais conforto a quem faz compras no centro da cidade”.
Apesar das muitas intervenções do público nesta sessão de auscultação, foram poucas as vozes que se levantaram contra a retirada dos automóveis do centro histórico. As críticas mais audíveis localizaram-se em pontos como o “timing das obras” ou a “tipologia das intervenções pensadas para alguns destes pontos”.